terça-feira, 1 de maio de 2012

O QUE É A FONOAUDIOLOGIA?



Dra Suzana Souza
CRFa 13536 RJ - P
Fone: 8052-9291

A FONOAUDIOLOGIA é uma ciência que tem como objetivo o estudo da comunicação humana, referindo-se ao desenvolvimento, aperfeiçoamento, distúrbios e diferenças, na área da audição central ou periférica, na linguagem oral e escrita, na fala, na fluência, na voz, nas áreas orofaciais (pele, vasos sanguíneos, ossos, dentes, glândulas ou músculos faciais) e na deglutição.

A atuação fonoaudiológica pode ser individual ou em uma equipe multidisciplinar na área da saúde em consultórios, clínicas, creches, escolas (comuns e especiais) e comunidades, unidades básicas de saúde, hospitais (UTI Neonatal, Alojamento Conjunto, Enfermarias, CTI entre outros), emissoras de rádio e televisão, teatro, trabalhando na saúde e qualidade vocal de profissionais da voz como cantores e professores, Atendimento Domiciliar, empresas de próteses auditivas, indústrias, centros de reabilitação, empresas de telemarketing e RH entre outros.

Assim, atendendo a pedidos desde o recém-nascido até o idoso, o fonoaudiólogo é um profissional da saúde que atua em inúmeras áreas como: pesquisa, prevenção, avaliação e terapia fonoaudiológica.

Os comunicadores, professores e todos aqueles que utilizam a voz como profissão sabem muito bem a importância da mesma no dia a dia. Os problemas existentes quando a pessoa esforça muito a voz são vários, desde uma rouquidão ou então calos nas cordas vocais até a perda da mesma.

Para evitar ou tratar esses problemas, o fonoaudiólogo é essencial para ajudar no dia a dia de todos esses profissionais e de todos aqueles que utilizam a voz.

A fonoaudiologia poderá atuar também em distúrbios da alimentação como por exemplo, a disfagia (dificuldade para engolir alimentos, sejam eles líquidos, pastosos ou sólidos). As pessoas com DISFAGIA podem sentir também uma sensação de “bolo” na garganta, dor de garganta, engasgos frequentes, aumento da salivação, tosse persistente, perda de peso sem explicação ou pneumonias de repetição.

Trabalha com pessoas que possuem desordem de fluência de fala denominada Gagueira, Gaguez ou Disfemia. Este tipo de alteração tem tratamento, a Fonoaudiologia dispõem de técnicas e procedimentos específicos para tratá-la.

Os Distúrbios de Aprendizagem da leitura, resultando em dificuldade no desenvolvimento gráfico global, normalmente acompanhado de baixo rendimento escolar, também são avaliados e tratados pelo profissional da Fonoaudiologia.

Enfim, além de todas as aplicações anteriormente citadas, a Fonoaudiologia também atua com pessoas que apresentam um mal funcionamento na musculatura facial por conta de uma doença neurológica, reabilitação do sistema cognitivo ou com paralisia facial. Pode trabalhar também em conjunto com um dentista para auxiliar na evolução mais rápida de uma alteração na arcada dentária. Realiza exames audiométricos, teste da orelhinha, prevenção e conservação da audição em ambientes insalubres, minimizando os riscos ambientais à saúde.

Com relação à estética, a Fonoaudiologia também desempenha um papel relevante, através do desenvolvimento dos padrões da voz, da fala e até mesmo facial.

Em caso de dúvidas procure um fonoaudiólogo, ele pode fazer muito por você!

TIMIDEZ NA INFÂNCIA


Por: Solange Matassoli Gomes
Psicóloga - CRP/RJ 05/35480
Fone: 9693-0558 

É muito frequente, a presença de pais em consultórios, trazendo como queixa a dificuldade da criança interagir socialmente, o que implica no ato dela fazer e manter amizades e participar de atividades consideradas «comuns» no dia a dia como, participar de festas infantis, atividades escolares e etc.

Geralmente, após algumas avaliações, percebemos que estamos diante de um comportamento que chamamos de TIMIDEZ.

A timidez não é um problema, não é uma doença, é simplesmente um padrão de comportamento que deve ser modificado, uma vez que crianças excessivamente tímidas, correm o risco de mais tarde desenvolver transtornos psiquiátricos, como ansiedade e fobia social.

A criança tímida normalmente tem medo de errar e se exige ao máximo, temendo a reação das outras pessoas, por isso ela funciona com um sentido de autopreservação, pois receia ser avaliada negativamente pelas pessoas que a cercam. Vários estudos têm sido realizados, objetivando identificar a origem da timidez e muitos pesquisadores consideram que exista uma origem genética, todavia ela pode ser aumentada ou modificada através das interações que a criança estabeleça com o meio. Porém, não podemos descartar o fato de que muitos comportamentos podem ser adquiridos através da aprendizagem social, mediante observação de modelos, ou seja, caso os pais apresentem comportamentos extrovertidos, isso favorecerá à criança a interiorizar este tipo de comportamento.

Em minha prática clínica, o que observo com muita frequência é que geralmente o comportamento dos pais ou de pelo menos um dos genitores, apresenta relatos de timidez e de pouca sociabilidade, o que poderá potencializar o desenvolvimento de condutas tímidas nos filhos.

Existem muitas consequências negativas associadas à timidez, pois não podemos deixar de destacar o imenso sofrimento psíquico e até mesmo físico e orgânico envolvido nesse processo, uma vez que a criança não aprende a estabelecer vínculo afetivo; não consegue expressar seus sentimentos, sejam eles positivos ou não; geralmente adotam um comportamento de esquiva e daí são tidas como arrogantes, antipáticas, fazendo com que sejam ignoradas ou excluídas pelo grupo, fazendo com que sintam-se solitárias.

Enfim, a timidez implica em um elevado desgaste emocional para a criança e daí a necessidade de procurarmos estratégias para que possamos minimizar tal sofrimento. A procura de um profissional da área (psicólogo), ajudará a identificar a sintomatologia advinda de causas psicológicas e poderá colaborar através de intervenções terapêuticas com a criança e orientações familiares para uma ajuda mais efetiva que trará benefícios para a criança tímida, refletindo assim numa melhor qualidade de vida social e emocional.


Conhecendo um pouco sobre Timidez Infantil


Na pessoa tímida, hormônios como o cortizol e a adrenalina aumentam, quando expostos a situações de evidência e disparam sensações fisiológicas.

Caso você identifique pelo menos 4 sintomas abaixo em seu filho, ele está precisando de ajuda.

Se seu filho:

( ) rói unhas
( ) é retraído
( ) muito passivo
( ) tem as mãos sempre bastante suadas
( ) tem dificuldade em relacionar-se com colegas da mesma idade
( ) apresenta rubor facial
( ) tem tensão muscular
( ) apresenta aceleração do batimento cardíaco
( ) não consegue olhar nos olhos dos outros
( ) responde a perguntas de cabeça baixa e em tom de voz baixa


         Aí vão algumas dicas que podem minimizar e/ou aliviar o comportamento tímido de uma criança:

     - A família tem papel fundamental, porque a criança acredita que não é amada. Então a família tem que demonstrar carinho e atenção.

     - Elogie o sucesso e não valorize os fracassos.

     - Acompanhe a ida da criança em festinhas, passeio e brincadeiras. Diga quem estará, onde será e como vai ser. Isso a deixará mais segura.

     - Caso ela não queira dançar na festa da escola, tudo bem, mas não deixe de levá-la.

     - Deixe que ela aja de forma espontânea, sem que perceba que alguém a observa.

     - Não faça cobranças sobre seu comportamento, muito menos a compare com outras crianças.

     - Não faça críticas nem “piadinhas” desnecessárias.

     - A família deverá manter relações de amizades com outros pais, para fazerem programas juntos.

     - Favorecer atividades fora da escola e que sejam de interesse da criança: jogar bola, fazer aula de música, atividades manuais, artes plásticas, dentre outras, pois isso aumentará o seu ciclo de relacionamentos e são boas para descarregar a ansiedade.

     - E outras...

É claro que estas dicas não substituem o atendimento clínico necessário, pois constituem apenas algumas orientações para “apagar o incêndio” imediato.

Com a ajuda terapêutica e o apoio da família, a timidez irá diminuindo, a criança vai tornando-se mais autoconfiante, mais segura, acreditando mais em si mesmo e se tornará mais apta a estabelecer e manter relações sociais adequadas. 

LER PARA SABER



Por: Solange Matassoli Gomes
Psicóloga - CRP/RJ: 05/35480
Fone: 9693-0558

O livro "SOS Ajuda para Pais", do psicólogo Lynn Clark, é a indicação de leitura desse mês. Educar crianças, às vezes, constitui-se numa tarefa árdua e difícil. Frequentemente nos deparamos com pais e mães envolvidos em sentimentos de frustração e fracasso por vivenciarem situações no dia a dia que parecem lhes "fugir ao controle".

Comportamentos bons e maus são aprendidos, por tanto também podem ser "desaprendidos" ou modificados.

"SOS Ajuda para Pais" constitui-se num guia prático que irá ajudá-los a lidar com problemas de comportamento comuns do cotidiano, além de auxiliar suas crianças a serem mais competentes e mais bem ajustadas.

É um livro de fácil leitura, bem ilustrado e que oferece métodos, habilidades, procedimentos e estratégias testados, a fim de melhorar o comportamento de sua criança e fazer com que você sinta-se mais autoconfiante e eficaz.

Lembre-se: se mesmo após a leitura e aplicação das orientações fornecidas pelo livro, o resultado não for o esperado, solicite ajuda de um profissional (psicoterapeuta), pois ele poderá auxiliar não só a sua criança, mas também a toda a família.

QUEM TEM AMIGO DE FÉ NÃO PRECISA DE PSICÓLOGO?


Por: Angela Corrêa
Psicóloga - CRP/RJ: 05/10053

A ideia acima pode parecer óbvia para alguns, porém um tanto reflexiva para outros. Parece não haver o que pensar quando se sabe que o amigo de fé é aquele que se pode confiar os segredos mais ocultos, os problemas mais íntimos.

O amigo de fé é aquele que ouve, conforta e, certamente, diz tudo que se deseja ouvir, com as palavras que se deseja escutar.

Teoricamente até sabemos que, quando alguém nos diz o que desejamos ouvir, está nos poupando de entrar em contato com ideias nem sempre tão confortáveis, com imagens que poderiam nos tirar, muitas vezes, da acomodação e do sossego, ou reflexões que poderiam fazer-nos passar de oprimidos a opressores. E, não é isso que desejamos, embora inconscientemente seja tudo que precisamos, ainda que nos magoe, nos leve a cutucar antigas «feridas», nos remeta a uma «solidão» da qual não queremos encarar de frente porque ela traz a mensagem que pode invalidar a função do amigo, enquanto provedor do nosso equilíbrio e conhecedor profundo de nós mesmos.

E, é exatamente na hora da escolha entre o amigo de fé e o psicólogo é que surge a grande dúvida... Como admitir meu lado, nem sempre, mas algumas vezes, fraco, hostil, invejoso, medroso, incapaz, covarde ou tantas vezes, mas nem sempre, generoso, sensível, corajoso, solidário?

Nesse caminho entre o amigo de fé e o psicólogo há uma lógica que parece nos sinalizar o momento certo de desviar o rumo e reavaliar aquela opção que sempre nos pareceu inquestionável, quando o que se busca é o autoconhecimento.

A lógica nos afirma que: Todo grande amigo nos conhece de verdade. «Fulano é meu grande amigo, logo...Fulano me conhece de verdade».

É possível, eu direi muitas vezes, que meu «amigo de fé», é mais que amigo, ele é irmão, coração, afeição e conhece mais de mim do que eu mesmo, nossa amizade não conhece decepção, mágoas ou ressentimentos...

E o psicólogo? Ah... O psicólogo? Bem... É alguém que não está envolvido em nossas circunstâncias diárias.. O que sabe de nós é o que permitimos que ele saiba. Não cria expectativas em relação às nossas atitudes, não formula juízo de valores e jamais nos irá apresentar a nós mesmos, sem que queiramos conhecer a nós próprios. Não conhece nossa família, nem nossos amigos «de fé» ou «da onça», pois o perfil de cada um deles é traçado por nós, do jeito que os vemos e isso é o que importa. Não tem compromisso em nos dizer o que desejamos ouvir. Ele respeita nossa lágrima, embora não nos atenue a dor da frustração.

Nessa relação, estabelecemos naturalmente um vínculo sem melindres, sutilezas, agrados, não há troca, nem tão pouco precisamos causar boa impressão. Basta apenas dizer tudo o que pensa, sem precisar pensar naquilo que diz.

As evidências iniciais nos levam, sem grande esforço, a concluir que somente através de uma ajuda psicoterápica conseguimos confrontar e compreender os vários aspectos, na maioria das vezes inaceitáveis, da nossa real identidade.

E, à medida que nos mantemos resistentes em aceitar a ajuda de um psicólogo e procuramos um «amigo de fé» para desabafar, estabelecemos, a partir daí, uma relação paralela de ajuda espontânea, onde hoje eu é quem fala, o amigo ouve. Amanhã, eu deverei estar disponível e receptivo para ouvi-lo também, ainda que não esteja em condições para fazê-lo. Afinal uma amizade verdadeira é caracterizada pela confiança, mas é consolidada pela troca.

Mas, quando o assunto é o conhecimento de nós próprios e não somente autoproteção, a escolha nos parece óbvia...

Quando vivemos do jeito que «tem que ser» negamos o jeito que «verdadeiramente somos».    Nossos conflitos começam à medida que nossa consciência sinaliza a diferença.


Artigo produzido por psicóloga convidada pela
equipe Equilíbrio Psi



COMO A FAMÍLIA PODE AJUDAR NO DESEMPENHO ESCOLAR




Kelly Cristina da S. Campos
Psicopedagoga - Fone: 8342-0924


Não há dúvidas quanto à importância do envolvimento da família na vida escolar das crianças. Porém, apesar de ser considerada como consenso a ideia de que, se a família preocupa-se em acompanhar o desempenho das crianças na escola, há grandes chances de sucesso escolar, porque tantos alunos passam por dificuldades de aprendizagem devido à falta de assistência da família?

Em minha experiência clínica, grande parte dos atendimentos às crianças com problemas de aprendizagem poderiam ser evitados, caso os pais tivessem sido bem sucedidos no papel de participantes da vida escolar dos filhos. Há crianças que falham como alunos, simplesmente porque não receberam estímulo suficiente dos pais ou de seus substitutos.

Muitas vezes, a ineficiência dos pais se dá pelo fato de desconhecerem como estimular os filhos de forma adequada. Pensando nisso, apontaremos sugestões simples, porém capazes de propiciar um melhor rendimento escolar:

- Ter livros em casa ler para os filhos pequenos - Esse hábito aumenta o vocabulário da criança, facilitando a assimilação de conteúdos de todas as matérias.

- Reservar um lugar adequado para os estudos- Mesa, cadeira, boa iluminação e nada de televisão. Lugar tranquilo para estudar, possibilita a criança desde pequena, obter maior concentração, maior índice de aprendizagem e menos erro.

- Incentivo ao cumprimento da lição - Mesmo que a criança seja pequena e do dever de casa muito fácil, os pais devem pedir para ver a tarefa pronta.

- Orientar sem dar a resposta certa - O dever de casa é das crianças e não dos pais. Oferecer resposta pronta não é incentivo à superação de desafios.

- Garantir tempo livre - Agenda cheia tira da criança tempo de brincar, provocando cansaço e comprometendo o rendimento.

- Participar das reuniões de pais - Essa é uma boa oportunidade de conhecer melhor professores, metodologias e outros pais. Ainda demonstra para a criança que seus pais se interessam por sua vida escolar.

- Monitorar o boletim - Em caso de nota baixa, os pais devem procurar a escola para juntos estabelecerem estratégias de melhoria do desempenho.

- Evitar excesso de pressão no período de provas - Sentir-se obrigada a apresentar bom desempenho só atrapalha, deixando a criança tensa, podendo prejudicar sua autoestima.


Para o sucesso escolar, é necessário que a criança tenha também um bom desenvolvimento emocional, além do incentivo aos estudos por parte da família e da escola. Esse desenvolvimento emocional se inicia desde antes do nascimento e é base para a saúde mental dos indivíduos.    Muito antes da criança entra na escola, a família já colabora de alguma forma para o sucesso ou o fracasso escolar do futuro estudante. Relações familiares doentias podem servir de modelo negativo para os relacionamentos da criança com outros grupos de convivência, prejudicando a aprendizagem.