segunda-feira, 27 de maio de 2013

CASAMOS... SEPARAMOS... E AGORA?

Solange Matassoli Gomes
Psicóloga - CRP: 05-35480



Quando decidimos nos unir a uma pessoa, construímos de forma consciente ou não, desejos e sonhos os quais acreditamos serem eternos. Porém, compartilhar alegrias, tristezas, angústias, expectativas, e..., nem sempre é muito fácil, pois como seres singulares que somos, muitas das vezes não estamos prontos ou até mesmo não queremos nos flexibilizar ao outro. Entender a necessidade e a importância das adaptações ao longo da vida não constitui uma tarefa muito fácil e apesar de todos os esforços, às vezes concluímos que para sermos realmente felizes, precisamos ir em busca daquilo que poderá nos proporcionar a “felicidade” tão sonhada e que necessariamente ela não está vinculada  àquela pessoa escolhida a priori.
Na grande maioria das vezes, a solução caminha para a dissolução da união ou do casamento. Atualmente o número de casais separados cresce significativamente em todo o mundo e mesmo sendo um fato comum na sociedade, não podemos desconhecer que é um momento complicado e que implica em sofrimento para ambas as partes. Contudo, a situação torna-se mais delicada quando precisamos compartilhar a decisão com os filhos. As dúvidas inevitavelmente surgem: Quando e como contar? Devo ou não contar? Conto agora ou deixo para depois? E se.....?
A forma como o pai e a mãe enfrentam a separação, pode influir de maneira negativa ou positiva na vida futura dos filhos, principalmente na vida afetiva.
O momento certo para falar com os filhos sobre a separação deve ser logo após a decisão ser definitiva e assumida pelo casal e pouco antes do casal se separar fisicamente, ou seja, morar em locais separados.
Algumas mães tendem a justificar a ausência dos pais de forma muito distante da realidade, acreditando assim evitar fazer sofrer os filhos. Negar o que se passa, o que se sente, pode gerar muitas consequências. É claro que os filhos têm o direito de saber e o melhor caminho é sempre a verdade e esta é importante que seja dita pelos próprios pais, pois uma vez que não o façam, fatalmente poderão estar dando espaço para que a criança saiba por outra pessoa, o que poderá provocar a sensação de ter sido traída por aqueles em quem tanto confiava.
A conversa com os filhos deve ser franca e sem mentiras. Obviamente, para cada idade deverá ser usado um tipo de linguagem adequada. É importante que o casal esteja junto para esta conversa, até mesmo como forma de demonstrar para os filhos que eles não são “inimigos”, somente não se amam mais para ficarem juntos, mas que nunca deixarão de ser pai e mãe. Explicar o motivo da separação, informar quando e como será, o que acontecerá com eles, ouvindo sempre seus desejos, sentimentos, dúvidas e medos e tranquilizá-los, além de lembrar-lhes sempre o quanto são amados, com certeza ajudará e facilitará muito o processo de aceitação da separação.
Geralmente as crianças menores têm a tendência a sentirem-se culpadas pela separação, pois acreditam que fizeram algo de errado e por isso o pai ou a mãe está “indo embora”. É importante deixar bem claro que os filhos não têm culpa nem poder de separar ou unir o casal e que esta escolha não depende deles.
Após a separação é importante que a rotina dos filhos seja preservada e que na  medida do possível a presença constante de quem saiu de casa seja mantida.
Dependendo da forma como for conduzida a situação, a criança poderá reagir bem ou começar a apresentar algumas mudanças de comportamento após a separação. Os pais devem ficar atentos. Algumas crianças ao receberem a notícia podem parecer aceitar sem reação alguma, porém com o passar do tempo, começam a manifestar reações inesperadas como agressividade, tristeza, queda no rendimento escolar, insônia, agitação, pesadelos e até mesmo somatizações como dores de cabeça, desconforto estomacal ou intestinal, recusa à escola e outras manifestações. A criança deve se sentir amparada e querida pelos pais, porém é comum muitos pais sentirem-se perdidos em como lidar com esta situação e é neste momento que a ajuda de um psicólogo é providencial.
Busque ajuda, se necessário!

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Ansiedade é coisa de adulto?

Por Solange Matassoli Gomes
Psicóloga do Equilíbrio Psi
CRP: 05/35480 - Fone: (21) 9693-0558




                                                                   
            Muitos adultos acreditam que a infância é uma época de total felicidade e falta de preocupação, porém por mais surpreendente que pareça, a ansiedade é o problema mais comum em crianças de todas as idades.

              A ansiedade infantil está crescendo tanto, que o número de crianças acometidas pelo problema aumentou 60% na última década, segundo dados estatísticos do Centro de Atendimento e Pesquisa de Psiquiatria e da Adolescência, da Santa Casa do Rio de Janeiro.

            A ansiedade é um sentimento natural tanto na infância como em qualquer outra etapa da vida, uma vez que em níveis adequados, ela é saudável e mobiliza o indivíduo nas suas atividades diárias.

            A maneira básica de diferenciar uma ansiedade normal da patológica é pela intensidade e duração da resposta ao estímulo, ou seja, as respostas normais são passageiras e sua intensidade varia de acordo com a gravidade da ameaça. Já na resposta patológica, a criança está permanentemente alterada ou então quando ocorre um estímulo realmente provocador de ansiedade, a resposta da criança é exagerada.

            A ansiedade patológica é considerada como um desconforto interno, uma sensação de inquietude que existe como consequência, como manifestação de conflitos que estão acontecendo na vida da criança.

             É importante que os pais estejam atentos para perceber as mudanças de comportamento do seu filho, para ajudá-lo a superar qualquer insegurança que possa se tornar motivo de preocupação extrema.

         A causa da ansiedade infantil ainda não está bem definida, porém as pesquisas já apontam alguns fatores que possivelmente contribuem de alguma forma para a manifestação de um quadro ansiogênico, tais como: a genética, o comportamento dos pais quanto à maneira de reagir ou lidar com seus filhos (pais superprotetores), pais ansiosos (podem servir como modelos de ansiedade para seus filhos) e agentes estressores (separação dos pais, violência familiar, morte de pessoas próximas, ameaças escolares, fraco desempenho escolar, doenças e incidentes específicos).

           Quando se sente ansiosa, a criança apresenta pensamentos que giram em torno de algum tipo de perigo ou ameaça e estes manifestam emoções sentidas no corpo, como por exemplo: náuseas, aceleração cardíaca, dores de cabeça, de barriga, de estômago, transpiração excessiva e finalmente apresenta mudanças em seu comportamento (choram, tornam-se agressivas, paralisam, etc...).

        O diagnóstico quase sempre é simples e o tratamento envolve acompanhamento psicológico, orientação familiar e somente em casos extremos, após a avaliação médica faz-se necessário o uso de medicação.

sábado, 15 de setembro de 2012

CRIANÇA COM LIMITES, ADULTO FELIZ!



CRIANÇA COM LIMITES, ADULTO FELIZ!

Por: Solange Matassoli Gomes
Psicóloga – CRP: 05/35480
Fone: (21) 9693-0558

 


         Tem sido muito comum o número de famílias que apresentam dificuldades em conduzir a educação dos filhos e até mesmo de lidar com comportamentos difíceis relacionados à agressividade e rebeldia. Um reflexo disso tem sido a freqüência com que recebemos nos consultórios, pais com angústias evidentes apresentando discursos, como: “Não sei mais o que fazer!”, “Acho que meu filho tem algum transtorno!”, “Não é melhor dar um remedinho para ver se ele se acalma?”... E neste momento é de vital importância que sejamos prudentes como profissionais da saúde, fazendo uma avaliação cautelosa para não ficarmos impregnados pelo discurso apresentado por esses pais e patologizarmos o que simplesmente pode ser o que chamamos pelo senso comum como falta de limites.
Talvez para esses pais que realmente têm dificuldade em assumir seus “poderes”, nomear comportamentos inadequados como “transtorno”, seja uma forma consciente ou inconsciente de eximir-se de suas responsabilidades.
Educar um filho sempre foi um desafio, pois requer dos pais não apenas palavras e conselhos, mas também exemplos práticos de vida no dia a dia, pois como você pode exigir que seu filho se comporte de uma determinada maneira, se você que é o modelo age de forma contrária?
Educar requer tempo e afinco, porém atualmente parece que os pais não têm essa disponibilidade, uma vez que os casais costumam trabalhar o dia todo e delegam toda a responsabilidade a outros cuidadores, como creches, babás, tios e avós.
A falta de limites tem conseqüências negativas para a criança e para o seu desenvolvimento. Colocar limites não significa ser autoritário, mas sim ter autoridade. Pais permissivos simplesmente “empoderam” seus filhos e perdem as rédeas de situações que poderiam ser facilmente controladas. Quanto mais cedo os pais colocarem limites de forma afetiva e segura, menos problemas ocorrerão na adolescência, fase tão temida e conturbada onde os pais sentem-se muitas vezes impotentes, devido às contestações e questionamentos próprios e característicos da fase.
Quando os pais impõem limites a seu filho, estão ensinando-o a aceitar regras, tolerar frustrações e adiar satisfações, a se comportar na escola e na sociedade, despertando valores importantes, como respeito por si e pelo próximo. É importante que a criança aprenda a postergar, esperar e suportar um “não” eventual ou definitivo, pois só assim poderá conhecer seus direitos e exercer seus deveres.
Existem pais que consideram que dizer “não” para seu filho é um ato de desamor. Ledo engano, pois freqüentemente a própria criança de forma indireta, pede este “não” e na maioria das vezes significa: “Eu te amo. Você é importante para mim e por isso estou te dizendo “NÃO”.
Crianças precisam de regras claras, objetivas, coerentes, consistentes, colocadas com segurança e na hora certa, pois acredito ser esta a “receita básica” para que possamos colaborar para o desenvolvimento mental e emocional das crianças, que tanto necessitam de segurança, modelos, atenção e amor.
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domingo, 26 de agosto de 2012

A IMPORTÂNCIA DA BRINCADEIRA PARA O DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA

 
Kelly Cristina da S. Campos
Psicopedagoga - Fone: 8342-0924
 
 
         Brincar é algo natural e saudável, presente na infância não só de crianças, mas também, de filhotes de outros mamíferos. Quem nunca viu um gatinho saltitante correndo atrás de uma bolinha? Instintivamente os animais quando brincam, na verdade estão aprendendo comportamentos que lhes serão necessários na vida adulta. Quando o gatinho está “atacando” uma bolinha, ensaia os movimentos necessários para sua sobrevivência, quando terá que caçar sua presa.
         Com nós, humanos, a brincadeira tem função parecida – nos fornecer oportunidades adequadas para aprendermos uma série de conhecimentos que serão importantes para a obtenção de nossa saúde física e mental. Por isso, juntamente com a qualidade do sono, da alimentação e da higiene, a brincadeira é fator de análise quando se quer verificar o bem-estar de uma criança.
         Brincadeira não é só entretenimento. Entre outras coisas, ela favorece o desenvolvimento da inteligência, a aprendizagem de regras e valores, aprimora habilidades motoras, aguça a imaginação e a criatividade, proporciona o autoconhecimento, alivia tensões emocionais e favorece a socialização. O ato de brincar é tão importante que quando não é garantido à criança tempo e espaço para que ela brinque, é possível que seu desenvolvimento seja comprometido.
         Mas, porque será que brincar é tão importante? Quando a criança pequena tem oportunidades de brincar com blocos ou peças de encaixe, mesmo sem perceber, ela está aprendendo que é capaz de criar, de descobrir possibilidades, de modificar situações. Tais aprendizagens serão importantes em toda a sua vida. Quando, por exemplo, se deparar com situações desafiadoras na fase adulta, poderá ter mais facilidade para, com criatividade, encontrar soluções alternativas possíveis para superar problemas. Outro exemplo são as brincadeiras que envolvem regras – os jogos. Entre outras coisas, os jogos de tabuleiro (dominó, dama, xadrez etc.) possibilitam à criança compreender que o mundo social é regido por normas e que a convivência se torna impossível se cada pessoa fizer apenas o que quiser. Os jogos também ensinam que é importante o esforço para superar desafios, mas compreendendo que perder também faz parte da vida, cabendo a nós aprender algo positivo com as frustrações.
         Apesar de todos os benefícios, a brincadeira vem perdendo espaço para a televisão, vídeos e jogos eletrônicos. Pesquisas apontam que as crianças brasileiras estão entre as que mais assistem TV e usam a internet no mundo. Embora sejam alternativas interessantes (quando filtramos o que é oferecido à criança), a TV e o computador não substituem os estímulos de jogos e brincadeiras. Uma explicação para o aumento do número de crianças dependentes de TV e computador é que os pais estão cada vez tendo menos tempo para os filhos.
         Na correria do dia a dia, mais importante que a quantidade de tempo que os pais estão com os filhos, é a qualidade da dedicação. Quinze minutos diários para brincar com as crianças já podem ser significativos, pois quando pais e filhos brincam juntos, os laços afetivos são fortalecidos, gerando confiança e amizade. A tarefa, no entanto, é brincar com a criança e não pela criança.
         Para isso, não é necessário muito recurso. Crianças de até 1 ano se divertem principalmente quando os pais fazem cócegas, caras engraçadas, vozes diferentes, imitam animais, escondem o rosto com a fralda etc. De 1 a 5 anos, as brincadeiras com massa de modelar e as adivinhações (o que é o que é...) fazem muito sucesso. Já as crianças maiores adoram jogos como os que já foram ditos no início do nosso texto. Vale até recorrer à brincadeiras de quando os pais eram criança!
         Então, se brincar favorece o desenvolvimento, imaginem quando os pais participam das brincadeiras proporcionando momentos de afetividade. Lembremos que a futura relação entre pais e filhos está sendo alicerçada agora.
 
          E você, já brincou com o seu filho hoje?


ONDE FOI QUE EU FALHEI?

Solange Matassoli Gomes
Psicóloga - CRP/RJ 05/35480 - Fone: 9693-0558
 
   Quando geramos um filho, acreditamos que este ser tão indefeso, precisará de proteção por toda a sua vida e juramos a ele que seremos os responsáveis por essa tão incrível e difícil missão. Sem nos darmos conta, é exatamente neste momento que estamos deflagrando, ou melhor, decretando nosso sofrimento psíquico. Vejamos porque.
   Esses pequenos seres crescem, porém quando ainda pequenos, os pais decidem «o que», «como» e «quando», ou seja, eles têm plenos poderes sobre seus filhos e por eles tomam as decisões que julgam mais acertadas. Pois bem, a relação de dependência encontra-se estabelecida, uma vez que os pais são os provedores das necessidades básicas de seus filhos e estes acomodam-se de forma prazerosa, através dos papéis bem definidos, ou seja: pais mandam e filhos obedecem.
   Ainda neste período, o da infância, os pais assumem papéis de «heróis» e «heroínas» superpoderosos e insubstituíveis, servem de modelo e assumem o posto de autoridade, pois eles são os responsáveis pela educação básica para o convívio social.
   Porém, esses filhos que aceitavam tudo passivamente, sem que percebamos, crescem e de repente começam a questionar o que pensamos e atémesmo como agimos. Aí pronto! Os conflitos começam a surgir e começamos a nos indagar: «Por que ele está agindo assim? Não foi isso que eu ensinei! O que está acontecendo? Será que eu errei?».
   Não! Não foi nada disso que aconteceu. Simplesmente os pais têm dificuldade para aceitar o crescimento dos filhos, até mesmo porque, admitir que o filho cresceu equivale a reconhecer que eles estão envelhecendo, que o tempo passou. É muito difícil para o pai que acreditava ser o «eterno namoradinho» de sua filha, vê-la envolvida com outro homem que não seja ele! E a mãe?  Como admitir que seu filho esteja «apaixonado» por outra mulher, que possivelmente ocupará o seu lugar.
 Enfim, ficou claro... nossos filhos são adolescentes!
   A fase da adolescência é como se fosse uma ponte entre a infância e a idade adulta. Neste momento, eles passam a poder fazer coisas que geralmente não podiam quando eram crianças,criam responsabilidades, entram em um processo de amadurecimento e começam a expressar mais suas opiniões e seus verdadeiros sentimentos e é por isso que os conflitos e os desentendimentos começam a ocorrer. Inicia-se a fase de dúvidas, questionamentos e transformações.
   Antes, eles apenas obedeciam, porém hoje, novas posturas surgem, muitas vezes diferentes, pois a geração é outra, o mundo e as pessoas mudam e cabe a nós, enquanto pais conscientes, enxergar a educação e os conflitos familiares como algo que requer sabedoria, dedicação e amor para lidar com tão complicada tarefa.
   Os relacionamentos saudáveis não acontecem de forma mágica. Eles se constroem, alicersados no respeito mútuo e no reconhecimento que as pessoas são únicas e diferentes. São essas singularidades que os tornam especiais.
    Muitos pais querem antecipar questões aos filhos para evitar ou adiar sofrimentos futuros, mas a melhor forma para se aprender algo é vivendo! E só a vida nos ensina a VIVER!
    Considero relevante neste tipo de relacionamento, a resolução conjunta. O papel dos pais consiste em apoiar, compreender e principalmente dialogar sempre com os filhos.

terça-feira, 1 de maio de 2012

O QUE É A FONOAUDIOLOGIA?



Dra Suzana Souza
CRFa 13536 RJ - P
Fone: 8052-9291

A FONOAUDIOLOGIA é uma ciência que tem como objetivo o estudo da comunicação humana, referindo-se ao desenvolvimento, aperfeiçoamento, distúrbios e diferenças, na área da audição central ou periférica, na linguagem oral e escrita, na fala, na fluência, na voz, nas áreas orofaciais (pele, vasos sanguíneos, ossos, dentes, glândulas ou músculos faciais) e na deglutição.

A atuação fonoaudiológica pode ser individual ou em uma equipe multidisciplinar na área da saúde em consultórios, clínicas, creches, escolas (comuns e especiais) e comunidades, unidades básicas de saúde, hospitais (UTI Neonatal, Alojamento Conjunto, Enfermarias, CTI entre outros), emissoras de rádio e televisão, teatro, trabalhando na saúde e qualidade vocal de profissionais da voz como cantores e professores, Atendimento Domiciliar, empresas de próteses auditivas, indústrias, centros de reabilitação, empresas de telemarketing e RH entre outros.

Assim, atendendo a pedidos desde o recém-nascido até o idoso, o fonoaudiólogo é um profissional da saúde que atua em inúmeras áreas como: pesquisa, prevenção, avaliação e terapia fonoaudiológica.

Os comunicadores, professores e todos aqueles que utilizam a voz como profissão sabem muito bem a importância da mesma no dia a dia. Os problemas existentes quando a pessoa esforça muito a voz são vários, desde uma rouquidão ou então calos nas cordas vocais até a perda da mesma.

Para evitar ou tratar esses problemas, o fonoaudiólogo é essencial para ajudar no dia a dia de todos esses profissionais e de todos aqueles que utilizam a voz.

A fonoaudiologia poderá atuar também em distúrbios da alimentação como por exemplo, a disfagia (dificuldade para engolir alimentos, sejam eles líquidos, pastosos ou sólidos). As pessoas com DISFAGIA podem sentir também uma sensação de “bolo” na garganta, dor de garganta, engasgos frequentes, aumento da salivação, tosse persistente, perda de peso sem explicação ou pneumonias de repetição.

Trabalha com pessoas que possuem desordem de fluência de fala denominada Gagueira, Gaguez ou Disfemia. Este tipo de alteração tem tratamento, a Fonoaudiologia dispõem de técnicas e procedimentos específicos para tratá-la.

Os Distúrbios de Aprendizagem da leitura, resultando em dificuldade no desenvolvimento gráfico global, normalmente acompanhado de baixo rendimento escolar, também são avaliados e tratados pelo profissional da Fonoaudiologia.

Enfim, além de todas as aplicações anteriormente citadas, a Fonoaudiologia também atua com pessoas que apresentam um mal funcionamento na musculatura facial por conta de uma doença neurológica, reabilitação do sistema cognitivo ou com paralisia facial. Pode trabalhar também em conjunto com um dentista para auxiliar na evolução mais rápida de uma alteração na arcada dentária. Realiza exames audiométricos, teste da orelhinha, prevenção e conservação da audição em ambientes insalubres, minimizando os riscos ambientais à saúde.

Com relação à estética, a Fonoaudiologia também desempenha um papel relevante, através do desenvolvimento dos padrões da voz, da fala e até mesmo facial.

Em caso de dúvidas procure um fonoaudiólogo, ele pode fazer muito por você!

TIMIDEZ NA INFÂNCIA


Por: Solange Matassoli Gomes
Psicóloga - CRP/RJ 05/35480
Fone: 9693-0558 

É muito frequente, a presença de pais em consultórios, trazendo como queixa a dificuldade da criança interagir socialmente, o que implica no ato dela fazer e manter amizades e participar de atividades consideradas «comuns» no dia a dia como, participar de festas infantis, atividades escolares e etc.

Geralmente, após algumas avaliações, percebemos que estamos diante de um comportamento que chamamos de TIMIDEZ.

A timidez não é um problema, não é uma doença, é simplesmente um padrão de comportamento que deve ser modificado, uma vez que crianças excessivamente tímidas, correm o risco de mais tarde desenvolver transtornos psiquiátricos, como ansiedade e fobia social.

A criança tímida normalmente tem medo de errar e se exige ao máximo, temendo a reação das outras pessoas, por isso ela funciona com um sentido de autopreservação, pois receia ser avaliada negativamente pelas pessoas que a cercam. Vários estudos têm sido realizados, objetivando identificar a origem da timidez e muitos pesquisadores consideram que exista uma origem genética, todavia ela pode ser aumentada ou modificada através das interações que a criança estabeleça com o meio. Porém, não podemos descartar o fato de que muitos comportamentos podem ser adquiridos através da aprendizagem social, mediante observação de modelos, ou seja, caso os pais apresentem comportamentos extrovertidos, isso favorecerá à criança a interiorizar este tipo de comportamento.

Em minha prática clínica, o que observo com muita frequência é que geralmente o comportamento dos pais ou de pelo menos um dos genitores, apresenta relatos de timidez e de pouca sociabilidade, o que poderá potencializar o desenvolvimento de condutas tímidas nos filhos.

Existem muitas consequências negativas associadas à timidez, pois não podemos deixar de destacar o imenso sofrimento psíquico e até mesmo físico e orgânico envolvido nesse processo, uma vez que a criança não aprende a estabelecer vínculo afetivo; não consegue expressar seus sentimentos, sejam eles positivos ou não; geralmente adotam um comportamento de esquiva e daí são tidas como arrogantes, antipáticas, fazendo com que sejam ignoradas ou excluídas pelo grupo, fazendo com que sintam-se solitárias.

Enfim, a timidez implica em um elevado desgaste emocional para a criança e daí a necessidade de procurarmos estratégias para que possamos minimizar tal sofrimento. A procura de um profissional da área (psicólogo), ajudará a identificar a sintomatologia advinda de causas psicológicas e poderá colaborar através de intervenções terapêuticas com a criança e orientações familiares para uma ajuda mais efetiva que trará benefícios para a criança tímida, refletindo assim numa melhor qualidade de vida social e emocional.


Conhecendo um pouco sobre Timidez Infantil


Na pessoa tímida, hormônios como o cortizol e a adrenalina aumentam, quando expostos a situações de evidência e disparam sensações fisiológicas.

Caso você identifique pelo menos 4 sintomas abaixo em seu filho, ele está precisando de ajuda.

Se seu filho:

( ) rói unhas
( ) é retraído
( ) muito passivo
( ) tem as mãos sempre bastante suadas
( ) tem dificuldade em relacionar-se com colegas da mesma idade
( ) apresenta rubor facial
( ) tem tensão muscular
( ) apresenta aceleração do batimento cardíaco
( ) não consegue olhar nos olhos dos outros
( ) responde a perguntas de cabeça baixa e em tom de voz baixa


         Aí vão algumas dicas que podem minimizar e/ou aliviar o comportamento tímido de uma criança:

     - A família tem papel fundamental, porque a criança acredita que não é amada. Então a família tem que demonstrar carinho e atenção.

     - Elogie o sucesso e não valorize os fracassos.

     - Acompanhe a ida da criança em festinhas, passeio e brincadeiras. Diga quem estará, onde será e como vai ser. Isso a deixará mais segura.

     - Caso ela não queira dançar na festa da escola, tudo bem, mas não deixe de levá-la.

     - Deixe que ela aja de forma espontânea, sem que perceba que alguém a observa.

     - Não faça cobranças sobre seu comportamento, muito menos a compare com outras crianças.

     - Não faça críticas nem “piadinhas” desnecessárias.

     - A família deverá manter relações de amizades com outros pais, para fazerem programas juntos.

     - Favorecer atividades fora da escola e que sejam de interesse da criança: jogar bola, fazer aula de música, atividades manuais, artes plásticas, dentre outras, pois isso aumentará o seu ciclo de relacionamentos e são boas para descarregar a ansiedade.

     - E outras...

É claro que estas dicas não substituem o atendimento clínico necessário, pois constituem apenas algumas orientações para “apagar o incêndio” imediato.

Com a ajuda terapêutica e o apoio da família, a timidez irá diminuindo, a criança vai tornando-se mais autoconfiante, mais segura, acreditando mais em si mesmo e se tornará mais apta a estabelecer e manter relações sociais adequadas.